sábado, 1 de março de 2008

Soneto de Luís De Camões.

Amor é fogo que arde sem se ver
É uma ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem dor.

É um não querer mais bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É um contentar-se de contente;
É um audar que ganha em se perder;

É querer estar preso popr vontade;
É servir a quem vence o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade;
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Maria Iigino Bezerra



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